quinta-feira, 30 de junho de 2011

29ª Bienal de São Paulo inicia mostra itinerante em Recife



Repassando o convite da aluna Anaterra Veloso

Capital pernambucana terá três locais de exposição e reunirá 137 obras
A 29ª Bienal de São Paulo, que entre 25 de setembro e 12 de dezembro de 2010 reuniu 850 obras de 159 artistas de diversos países, prossegue com seu projeto Itinerância. Nessa iniciativa, que se estende até agosto deste ano, obras selecionadas pelos curadores Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias serão exp......ostas em 13 cidades brasileiras. Em cada mostra, um recorte diferente. Entre os dias 30 de junho e 21 de agosto será a vez de Recife receber 137 obras, de 26 artistas, em três locais de exposição: MEPE, MAMAM e Fundação Joaquim Nabuco.

No dia 29 de junho, a abertura acontece no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), com 76 obras de nove artistas; a partir do dia 1º de julho, são exibidas 13 obras de seis artistas na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), são exibidas 48 obras de 11 artistas a partir de 14 de julho.

“Os três recortes permitem ao visitante apreender três aspectos diferentes – entre vários outros- das obras que estavam presentes na formatação original da exposição”, afirma o pernambucano Moacir. “No MAMAM, a questão da afetividade está muito presente, no MEPE, a visibilidade e invisibilidade das coisas do mundo e na FUNDAJ, a discussão está mais concentrada em aspectos da história política recente do Brasil e da Europa”, explica o curador.

Com patrocínio nacional do Banco Itaú e Fiat, a 29ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas, refletirá os conceitos artísticos expostos ao mundo no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera. A relação entre arte e política, mote central da mostra, é também o fio condutor das exposições itinerantes. Os espaços irão, segundo o curador, “uma seleção de obras que demonstram as várias maneiras pelas quais a arte tece, nela mesma, uma política”.

A escolha de trabalhos de artistas como Anna Maria Maiolino, Artur Barrio, Gil Vicente, Hélio Oiticica, mostra a importância da participação da cidade para a Bienal. Um dos destaques são as obras do colombiano Miguel Angel Rojas, que encontrou, na universidade em Bogotá, um ambiente que sugeria a revisão dos campos discursivos da ates, tanto pela pressão do engajamento político de esquerda quanto pelos questionamentos criados pela arte pop e pela arte conceitual. Em contraste com atmosfera de liberdade e abertura, o artista mostra os lugares freqüentados por homossexuais em busca de encontros amorosos, por meio de gravuras e fotografias que revelam a opacidade do universo gay da capital colombiana. A escuridão e a necessidade de discrição estabeleceram limites à composição fotográfica, o que resultou em imagens granuladas, borradas, apenas focadas nas raras silhuetas definidas pelos reflexos de filmes de ações dos retratados.

A mostra da 29ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas fica em exibição por cerca de dois meses em cada uma das 13 cidades programadas: além de Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Juiz de Fora, Santos, Porto Alegre, São José dos Campos, Araraquara e Ribeirão Preto já abrigaram a mostra. A exposição passará ainda por Campinas e Brasília.

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